sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dracula (1931)


Baseado numa peça de 1924, este é o clássico dos clássicos no que diz respeito aos filmes do drácula, tendo sido o primeiro autorizado pela viúva de Stoker.
Filmado nos primórdios da era do som, ainda se notam vários tiques do cinema mudo (em especial os gestos e expressões exageradas), mas não é por isso que deixa de merecer ser visto. O ambiente, especialmente nas primeiras duas partes, está muito bem conseguido e o desempenho de Dwight Frye como Renfield consegue convencer-nos da loucura do personagem. Mas é Bella Lugosi quem rouba todo o protagonismo. A sua presença e forma de representar é de tal forma marcante que nos consegue fazer levar a sério o seu sotaque húngaro, mesmo após o termos visto imitado e parodiado inúmeras vezes ao longo dos anos.

Apesar de se afastar bastante do livro de Stoker, merece ser visto por todos os fãs de vampiros e fantástico. Este filme (juntamente com o Nosferatu de 1922) influenciou mais o mito do vampiro como o conhecemos do que o livro em que é baseado (ou, já agora, que o "The Vampyre" de Polidori ou o "Varney the Vampire" de Rymer/Prest).


Uma Curiosidade - Existe uma versão em espanhol deste filme, filmada com outros actores, mas na mesma altura e no mesmo estúdio, que é por vezes considerada superior a esta, já que era filmada durante a noite e a equipa podia ver e corrigir os erros feitos durante o dia, no filme principal.

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