Lembro-me de, com seis anos, ir a correr da escola para casa para ver esta série (na altura dobrada em espanhol, pois só passou nos canais portugueses anos depois). Recentemente, deu-me vontade de a rever. Confesso que fiquei chocado só de pensar que a vi com tão tenra idade, mas tal não se deve apenas ao seu conteúdo graficamente violento (as personagens perdem litros de sangue em quase todos os episódios). Eu simplesmente não tinha maturidade suficiente para compreender e seti a história. Apesar de ser uma série claramente pensada para um público adolescente (o que não falta são mensagens de como a amizade e a lealdade são importantes) e de não ter uma história especialmente complexa, esta tem uma boa dose de nuances que escapam a qualquer criança (e, acredito, até mesmo ao seu público alvo), em especial as histórias de algumas das personagens, que, quando não são simplesmente tristes, são de uma violência emocional gritante.
Outro elemento que devo destacar esta série é a banda sonora, que complementa eficazmente o que se passa no ecrã. O Leitmotiv que pontua as cenas mais melancólicas, então, é capaz de levar qualquer um quase às lágrimas.
Confesso que estou a tirar desta série muito mais do que a mera nostalgia que esperava quando a decidi rever. Não direi que é uma série obrigatória, nem sequer para o fãs de anime, mas penso que mesmo um público adulto não dará por perdido o tempo investido a vê-la.