sábado, 28 de dezembro de 2013

Continuum - Segunda Época (2013)


Continuum é uma série de ficção científica canadiana filmada e passada quase exclusivamente em Vancouver. A uma primeira época relativamente banal, onde apenas se teve um pequeno vislumbre da moralidade cinzenta da série, seguiu-se uma segunda época que não só me pareceu largamente superior, como é diferentes da maior parte da oferta televisiva do género.

Não esperem ter aqui espectaculares cenas cheias de efeitos especiais (se bem que tem os seus momentos). Por outro lado, também não se trata de FC Hard, pois os desvios da ciência consensual são mais do que muitos. O forte da série está mesmo nas personagens e na relação entre elas. As "facções" são mais do que muitas e encontram-se em constante mutação. Juntam-se, separam, aparecem e desaparecem, muitas vezes no decorrer de poucos episódios. As personagens, por seu lado, têm todas os seus próprios objectivos e interesses, que nem sempre coincidem com os da "facção" a que pertencem. E mudam e crescem bastante no decorrer da história. Não existe aqui um "status quo" ao qual regressar no fim de cada episódio.

Embora não seja das mais badaladas série de FC e F do momento, recomendo que invistam algum tempo a ver um ou dois episódios, de preferência da segunda época. Quem sabe se não tornam fãs como eu.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal



A Canção Errante de Natal
por Joel Puga

Com o som de flautas, a canção abriu os olhos. Estava num parque, rodeada de crianças a brincar e pinheiros cobertos com luzes multicoloridas.
Conforme as flautas construíam um crescendo, ela elevou-se acima da copa das árvores. Durante uns segundos de silêncio, ali ficou, parada, observando a cidade. Depois, iniciou-se uma batida ritmada, e a canção voou avenida abaixo. Havia pessoas por todo o lado, admirando as luzes nos arcos e nas fachadas dos edifícios, e, sempre que se cruzavam, diziam “Feliz Natal”.
Uma voz começou a cantar, acompanhando a batida, e a canção entrou num apartamento. Passou pelo pinheirinho, ornamentado com bolas, faixas e estrelas, e pelo pai, que preparava e decorava a mesa, até que chegou à cozinha, onde se sentia um cheiro a mel e a canela, e a mãe, ajudada por um rapaz e uma rapariga, preparava varias iguarias.
 Mal saiu do apartamento, a canção sentiu um forte impulso de ir para norte. Acima das nuvens, anjos contavam o pré-refrão, enquanto ela voava à velocidade do som.
Chegou ao pólo-norte, avistou a enorme fábrica do Pai Natal, e o refrão começou. Num gigantesco hangar, uma legião de diminutos elfos carregava com prendas centenas de trenós e alimentava as respectivas renas. Não muito longe, num anfiteatro, o Pai Natal original instruía os seus inúmeros clones e atribuía a cada um uma pequena parte da Terra. A canção até passou pela fenda que ligava o nosso mundo ao da imaginação, por onde, durante todo o ano, passavam os robôs gigantes, os dinossauros, os póneis cor-de-rosa e tudo o mais que os elfos usavam como modelo para os brinquedos que fabricavam.
O refrão terminou, e a voz começou a cantar um novo verso. A canção voltou ao sul, à cidade, onde a noite já havia caído. Pessoas sozinhas, casais, famílias inteiras andavam nas ruas, dirigindo-se às casas de familiares ou amigos. A canção viu-os ser recebidos com abraços e beijos, aos quais eles retribuíam com garrafas de vinho e travessas cheias de rabanadas, filhoses e sonhos.
No início de um novo pré-refrão, a canção entrou numa das casas. Viu adultos a falarem à volta da mesa, enquanto crianças brincavam debaixo dela. Alguém chamou da cozinha e alguns dos adultos deixaram a sala, voltando pouco depois com travessas cheias de bacalhau, polvo e peru. Todos se sentaram à mesa. Uma das mães acendeu as velas. E o refrão começou.
Durante horas, ficaram ali sentados, a comer, a conversar, a cantar músicas de Natal. No fim da refeição, ficaram em silêncio a ver um filme familiar. Até que chegou a hora das crianças irem para a cama. Os visitantes partiram, voltando para os respectivos lares, enquanto a mãe da casa foi deitar os filhos. Estes, a princípio, não conseguiam dormir, entusiasmados com as prendas que os esperariam de manhã no sapatinho, mas o cansaço acabou por os vencer. O refrão deu lugar ao solo. Durante a noite, todos os instrumentos conhecidos do homem tiveram o seu momento de ribalta.
A canção desceu à sala, chegando mesmo a tempo de ver um dos clones do Pai Natal teletransportar-se do telhado. Do saco, tirou duas prendas, pousando uma ao lado de cada um dos sapatinhos em cima da lareira. Depois, voltou a desaparecer.
Ao raiar do dia, as crianças acordaram, dando início ao refrão, correram escadas abaixo e abriram as prendas. Durante toda a manhã, brincaram com os novos brinquedos, enquanto o refrão se repetia uma e outra vez. Depois, chegou a hora do almoço. Com um talher numa mão e o novo brinquedo na outra, comeram as sobras da noite anterior, enquanto os pais se deliciavam com um prato de roupa velha.
O almoço prolongou-se até meio da tarde, quando os pais começaram a limpar a mesa. Foi então  que todos se aperceberam de que o Natal estava a chegar ao fim.
A última repetição do refrão deu lugar ao som de flautas. Exausta, a canção deixou a casa e flutuou de volta ao parque. Deitou-se debaixo dos pinheiros e, aos poucos, fechou os olhos, ansiosa por acordar de novo no próximo Natal.

FIM

sábado, 21 de dezembro de 2013

O Hobbit: A Desolação de Smaug (2013)


Novamente, a minha única visita ao cinema do ano foi para ver mais um dos filmes da trilogia "O Hobbit". Não dou o tempo nem o dinheiro por perdido, se bem que devo confessar que preferi o filme anterior (cuja versão estendida vi pouco antes da minha ida ao cinema).

Visualmente, o filme é irrepreensível e penso que nesse aspecto supera até a trilogia de "O Senhor dos Anéis". Das fantásticas paisagens ao colossal Reino Debaixo da Montanha, passando pela cidade dos elfos e Esgaroth, tudo forma um cenário épico além de tudo o que me lembro de ver em cinema. E o mesmo pode ser dito da banda sonora e dos efeitos especiais. E, como na trilogia de "O Senhor dos Anéis", a atenção prestada aos detalhes cria um mundo de tal forma realista que nos puxa eficazmente para dentro da história.

Porém, pelo menos para mim, o grande defeito estava no guião, em particular no excesso de cenas de luta. Estas estavam bem feitas, se bem que tinham alguns momentos um poucos exagerados, e possuíam um sentido de humor muito próprio, mas tomavam de tal forma conta da narrativa que esta mais parecia uma sequência de lutas interligadas do que uma história. Também não gostei particularmente do final. Embora não seja particularmente difícil de deduzir, mesmo para aqueles que não conhecem o livro, o que vai acontecer a seguir, gostava que este filme tivesse tido um melhor fecho, como o filme anterior.

Apesar dos elementos que não apreciei no filme, divertiu-me imenso. Que mais não seja, merece ser visto pela maneira como explora e expande a versão cinematográfica Terra Média. Se são fãs de fantasia épica, é um filme a não perder.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Herbert West – Reanimator" H.P. Lovecraft


Escrita como uma paródia a "Frankenstein", esta história é considerada como uma das piores do autor, inclusive pelo mesmo. Devo confessar que os elementos de paródia me escaparam, assim como não é uma das histórias do autor de que menos gostei, antes pelo contrário.

A influência de "Frankenstein" é inegável. Existem paralelismos óbvios entre as duas histórias, e as referências ao clássico de Mary Shelley são mais do que muitas. São porém, e embora partilhem a mesma ideia, no seu âmago, histórias diferentes. Enquanto em "Frankenstein" os aspectos mais mórbidos são deixados em segundo plano e se focaliza, em vez deles, os pensamentos e os sentimentos das personagens de forma a enquadrar moralmente a história e fazer passar a mensagem central, aqui tornam-se o centro das atenções. Não que não exista um aspecto moral em "Herbert West - Reanimator" na forma como nos são mostrados os pensamentos do narrador, o melhor amigo e assistente da personagem titular, mas as experiências e as criaturas que delas resultam são descritas com mais profundidade e estas são de uma natureza bem mais macabra. Nota-se que, ao contrário de "Frankeinstein", esta história foi criada principalmente para causar impressão e estranheza no leitor.

"Herbert West - Reanimator" consegue invocar com alguma eficácia terror e horror, e, embora a história seja contada em episódios temporalmente afastados, a evolução das personagens está bem conseguida. Mais talvez do que as criaturas e o desenrolar da história em si, o que mais me fascinou foi a forma como as experiências de West se tornam cada vez mais macabras e o narrador se horroriza cada vez mais com elas, ao mesmo tempo que se mostra incapaz de obrigar o amigo a parar ou sequer de o deixar.

Apesar de fraca recepção que teve, esta é uma das minhas histórias favoritas de H.P. Lovecraft e não foi só a mim que me fascinou, como provam as várias adaptações de que foi alvo.

sábado, 16 de novembro de 2013

sábado, 9 de novembro de 2013

Opinião sobre o "Almanaque Steampunk 2013"


No blogue "O Papiro de Sehshat" podem ler uma opinião sobre o "Almanaque Steampunk 2013" e os textos incluídos na secção de contos, incluíndo do meu "Antília - A Cidade Subaquática Portuguesa".

Conto da Minha Autoria na "Antologia Fénix de Ficção Científica e Fantasia - Volume II"


Foi lançada no passado dia 31 de Outubro o segundo volume da "Antologia Fénix de Ficção Científica e Fantasia", dedicada ao Halloween, onde, entre outros contos de autores portugueses, brasileiros, espanhois e argentinos, podem encontrar um meu intitulado "A Pergunta". A antologia está disponível gratuitamente em formato digital no Smashwords.

sábado, 14 de setembro de 2013

"The Keys of Marinus" "Doctor Who" (1964)


"The Keys of Marinus" é o quinto seriado da famosa e longeva série de fc britânica "Doctor Who". Na minha opinião, este é o seriado em que a série encontra o seu ritmo e a sua identidade. Se os seriados anteriores já tinham imensos elementos que aprendemos a associar a "Doctor Who", este é o primeiro que se apresenta como indubitavelmente "Who" (podemos defender que isto já ocorreu no seriado anterior "Marco Polo", mas como "Marco Polo" é um dos famosos episódios perdidos, que só se encontra disponível na forma de 30 minutos de fotografias acompanhadas por uma faixa áudio, é difícil dizer com certeza).

O seriado foi escrito por Terry Nation, o criador dos infames Daleks e autor do segundo seriado "The Daleks", e penso que aqui ele faz um trabalho superior ao da sua primeira tentativa, com a qual confesso que fiquei um pouco desiludido. A escrita é competente, por vezes até genial, e também confirmamos o que já parecia ser o principal talento de Terry: a criação de locais diferentes e extremamente imaginativos. Se em "The Daleks" tivemos uma floresta de pedra com animais metálicos em que os predadores caçavam através de magnetismo, aqui temos vários ambientes diferentes, dos quais destaco a ilha cercada por um oceano de ácido que se encontra sob ataque de inimigos que viajam em submarinos de vidro.

Infelizmente, este seriado, como uma boa parte dos episódios clássicos, está recheado de falhas de efeitos especiais e continuidade. Carole Ann Ford continua a ser o elo mais fraco no elenco, mas os restantes actores fazem um papel competente (se, obviamente, compensar-mos o estilo de representação da época, bem diferente da actual). A cenografia continua genial e é um dos elementos que mais apreciei.

"The Key of Marinus" rapidamente se tornou um dos meus seriados favoritos da série clássica de "Doctor Who". Despertou em mim um sentido de aventura que só "Doctor Who" consegue. Obrigatório para todos os fãs da série clássica e para os amantes da fc televisiva.

Iª Mostra Bibliográfica de Ficção Científica e Fantasia de Autores Portugueses


Estará presente durante todo o mês de Setembro na Biblioteca Almeida Garrett no Porto a Iª Mostra Bibliográfica de Ficção Científica e Fantasia de Autores Portugueses. É organizada por Álvaro Holstein e Marcelina Leandro. A não perder.

Texto da Minha Autoria no Almanaque Steampunk 2013

O meu texto intitulado "Antília - A Cidade Subaquática Portuguesa" será um dos publicados no Almanaque Steampunk 2013. Podem ver quais os outros autores seleccionados aqui.

O almanaque será lançado no dia 28 de Setembro na Euro Steam Con 2013 e, se tudo correr como previsto, estarei presente com alguns dos outros autores para uma sessão de autógrafos.

sábado, 31 de agosto de 2013

"10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte" - José Cid (1978)


Quantos daqueles familiarizados apenas com o trabalho mais recente de José Cid imaginam que o popular artista português criou uma obra destas, tão influenciada pela ficção científica?

Confesso que não sou dos maiores especialistas em rock progressivo e afins, até porque é um género que só tenho vindo a explorar em anos recentes, mas, daquilo que conheço, não fica atrás de muito o que foi produzido lá fora nesta altura e neste género. A música tem momentos extremamente épicos e outros de delicada beleza. O trabalho de instrumentos é bastante competente e a voz de José Cid adapta-se surpreendentemente bem ao género. Apenas a letra parece destoar no conjunto, mas tal não se deverá principalmente à sua qualidade (ou falta de), mas ao facto de estar em português. Estamos demasiados habituados a ouvir músicas em inglês, onde até os versos mais parvos e foleiros soam "cool". Mas, a realidade, é que a letra de "10,000 Anos Depois Entre Vénus e Marte" não é particularmente pior do que o trabalho de muitas das bandas inglesas do género.

Um álbum que deve ser ouvido por todos os amantes de prog rock e afins, e por aqueles que procuram o pouco de ficção científica que existe na produção cultural portuguesa. Afinal, embora em Portugal esteja praticamente esquecido, este álbum está muito bem cotado no estrangeiro e não é raro vê-lo nos tops do género como um dos melhores de 1978.


domingo, 4 de agosto de 2013

Opiniões sobre a "Nanozine n.º 9" e a antologia "Lisboa no Ano 2000"


No blogue Leitora de Fim-de-Semana podem encontrar uma opinião em duas partes sobre todos os contos da antologia Lisboa no Ano 2000, incluindo o meu intitulado "A Fuga". Podem encontrar a primeira parte aqui e a segunda aqui.

Entretanto, também já podem encontrar opiniões sobre a Nanozine n.º9  no Goodreads, incluindo uma sobre o meu conto "A Máquina do Tempo". É só ir aqui.


sábado, 27 de julho de 2013

"An Unearthly Child" "Doctor Who" 1963


Já há alguns anos, praticamente desde que comecei a ver a nova série do Doctor Who, que tenho andado para ver a série original. Finalmente, no mês passado, para ajudar a passar a espera até sair a caixa com a sétima época completa da nova série, decidi gastar 10£ na caixa com os quatro primeiros seriados (para quem não sabe, a série original Doctor Who era quase completamente constituída por seriados de vários episódios com 25 minutos cada um) de sempre.  Dou o dinheiro por muito bem empregue (aliás, já encomendei o dvd com quinto seriado).

"An Unearthly Child" é o primeiro seriado, aquele que introduziu alguns dos elementos mais icónicos da série. É verdade que os efeitos especiais estão datados, algo que não me incomodou muito pois estou habituado a ver velhos filmes de fc, e as prestações dos actores (com a possível excepção de William Hartnel, que interpreta o Doutor) chega a ser sofrível, mas ainda assim vale bem a pena ver, e não só pela sua importância histórica. O seriado está razoavelmente bem escrito e a cenografia é genial. Mais importante, provocou-me a mesma sensação de deslumbramento que qualquer episódio da nova série.

Convém, porém, salientar que a série, nesta altura, era bem diferente da nova. Os elementos básicos estão lá, mas o humor é muito menos predominante. O doutor nada tem a ver com as suas últimas três encarnações, quer na idade, quer em temperamento, chegando mesmo a ser cruel (se bem que ouvi dizer que ele "amolece" nos próximos seriados). E não há chave de fendas sónica.

Como o primeiro seriado de sempre de Doctor Who, "An Unearthly Child" é de visionamento obrigatório para os fãs maiss fervorosos da série e para os amantes da história da FC em televisão.

Conto da minha autoria na Nanozine n.º9


Saiu ontem o número 9 da fanzine Nanozine. Este número incluí um conto meu chamado "A Máquina do Tempo". Podem encontrar a versão electrónica desta revista aqui.

domingo, 7 de julho de 2013

Fundação - Isaac Asimov


A série Fundação dispensa apresentações. É uma das mais importantes obras do autor de Isaac Asimov e uma das mais conhecidas de todo o género. Duvido que exista fã de fantástico que não tenha, pelo menos, ouvido falar nela.

Fundação é o primeiro livro que Asimov escreveu nessa série. Trata-se de uma colecção de cinco contos, alguns deles partilhando personagens entre si, que descrevem os eventos mais importantes dos primeiros (aproximadamente) 150 anos da Fundação, uma organização criada com o fim de reduzir o número de anos de barbárie que se seguem à caída do Império Galáctico.

Aqueles que esperam longas descrições de fantásticas naves, tecnologias incríveis ou estranhos mundos alienígenas ficarão desiludidos, assim como quem procura acção ao estilo das Space Operas. Estas histórias são mais políticas, cheias de guerras de interesses e manipulação, e onde a terceira lei de Clarke tem um papel predominante.

Tenho dificuldades em escolher um conto favorito de entre os cinco. Posso dizer que o terceiro e o quinto, talvez por serem os mais longos, envolveram-me mais, mas os restantes estão igualmente bem escritos e as situações que descrevem, juntamente com os brilhantes desfechos, tornam-nos leituras igualmente interessantes.

Convém notar que a tradução me pareceu competente. Está, certamente, acima da média da colecção Argonauta.

Se procurarem nas feiras do livro, conseguem encontrar a Fundação a um preço bastante em conta. Recomendo que o comprem e leiam. Não é só uma das obras de FC mais conhecidas de todos os tempos, é também um leitura extremamente interessante. Mal posso esperar para deitar as minhas mãos ao próximo livro da série: "A Fundação e o Império".

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Em Nome de Sua Majestade


A "Osprey Publishing", uma das mais conhecidas editoras de livros de história militar, apercebeu-se finalmente que uma grande parte do seu público são fãs de fantástico. Como tal, tem vindo a lançar cada vez mais produtos dirigido a este segmento do mercado. Depois de vários lançamentos na colecção "Myths and Legends", lança agora este jogo de escaramuças com miniaturas com ambiente steampunk chamado "In Her Majesty’s Name".
Para além do livro, também já saíram várias miniaturas, estas produzidas pela "North Star". Se estão curiosos, podem encontrá-las aqui.

domingo, 21 de abril de 2013

Conto da minha autoria na "Antologia Fénix de Ficção Centífica e Fantasia - Volume 1"


O meu conto "Uma Demanda Literária", anteriormente publicado no número 2 da fanzine Fénix, foi recentemente reeditado na "Antologia Fénix de Ficção Científica e Fantasia - Volume 1", onde também se incluem textos de diversos outros autores sobre o tema livros. Podem encontrar a antologia aqui em diversos formatos digitais.

Entretanto, a fanzine Fénix foi também nomeada na categoria de melhor fanzine dos ESFS Awards. A ISF, outra publicação portuguesa, está nomeada na categoria de melhor revista.

sábado, 23 de março de 2013

Entrevista no blogue da fanzine Fénix

Já se encontra disponível no blogue da fanzine Fénix uma entrevista comigo, a primeira que alguma vez dei. Dêem uma olhadela e digam-me o que acham.

sábado, 16 de março de 2013

A Escrita e o Software Livre

Farto do Windows e não sendo fã da estética Apple, há alguns anos decidi adoptar o Linux como meu único sistema operativo e nunca mais olhei para trás. Cerca de 80% do software que uso hoje é livre, sendo o restante 20% software proprietário, mas disponível gratuitamente de forma legal. Mas esta mudança trouxe alguns desafios a nível da escrita, nomeadamente no que diz respeito ao envio de ficheiros para os diferentes projectos em que tenho participado.

Geralmente, a ferramenta mais importante para um escritor é o processador de texto, e normalmente usam um incluído num "office suite". A maior parte das pessoas prefere usar uma versão pirata do Microsoft Office (o "office suite" mais popular), porém, tenho notado um interesse e uso crescente (se bem que tímido) do Libreoffice e do Openoffice (os mais populares "office suites" de código aberto), não só em Linux, mas também em Windows e Mac OS X. Pessoalmente, uso o Libreoffice, que faz tudo o que preciso, mas também trás alguns problemas a nível do formato dos ficheiros. Embora seja capaz de criar ficheiros .docx (o standard actual no Microsoft Office), não o faz particularmente bem, podendo criar vários problemas (são demasiados para enumerar) quando abertos no Word. Como tal, editores e organizadores de publicações deviam coibir-se de exigir em exclusivo este formato ficheiro, sobe pena de excluírem utilizadores de software livre. Os antigos ficheiros . doc serão uma boa escolha (o Libreoffice e o Openoffice podem ter alguma dificuldade a salvar ficheiros mais complexos neste formato, mas como a maioria dos autores de ficção só precisam, na pior das hipóteses, de alguma formatação básica, em princípio não terão problemas) e os .rtf ainda melhor. O ideal, porém, será fazerem como faz, por exemplo, a nanozine, e aceitar ficheiros .odt, o default da maior parte de "office suites" de código aberto, e que o Microsoft Office é capaz de abrir desde o Service Pack 2 da versão 2007.

Mas se o problema do formato de ficheiros é relativamente óbvio (razão pela qual muitas publicações só aceitam ficheiros.rtf), existe uma outra questão menos óbvia, mas igualmente (ou mais) importante: a das fontes. Como muitos saberão, a fonte que o Microsoft Office agora usa por defeito é a Calibri, razão pela qual já existem algumas publicações que exigem o uso desta fonte nos manuscritos que lhes são enviados. Os termos de uso da fonte Calibri (e de outras introduzidas na mesma altura), porém, possui termos de uso muito restritos, não sendo permitido o seu uso fora de aplicações da Microsoft. Isto cria um problema não só a utilizadores de Linux, mas também aos de Mac OS X que não tenham a versão para Mac do MS Office, pois, embora não seja difícil arranjar a fonte para estes sistemas e usá-la num "suite" de código aberto, são obrigados a cometer uma ilegalidade para cumprir os requisitos dsa publicações. Neste caso, deviam exigir fontes como a "Times New Roman" que, embora pertença à Microsoft, tem termos de uso mais permissivos e são triviais de instalar em sistemas operativos que não pertencem à Microsoft.

Espero que este meu post sirva de alerta para os editores e, assim, ajude a destruir algumas das barreiras que impedem os escritores de trabalhar com software livre.

sábado, 9 de março de 2013

"Lisboa no Ano 2000" em Portugal e Lá Fora


A antologia "Lisboa no 2000", que inclui um conto meu intitulado "Fuga", tem aparecido na imprensa portuguesa e em blogues cá dentro e lá fora. Foi mencionada na revista Time Out Lisboa e, mais recentemente, teve direito a um artigo de três páginas no Diário de Notícias. Isto para não falar na ida do organizador, João Barreiros, à TVI24 para apresentar a antologia (infelizmente, o vídeo não se encontra disponível online).

Mas também lá fora se fala nela, mais precisamente no blogue Of Blog.

Finalmente, há relativamente pouco tempo, também foi publicada no blogue Bela Lugosi is Dead uma crítica à antologia.

Conto da minha autoria na "Fénix n.º2"


Já se encontra disponível o número 2 da fanzine "Fénix", que inclui um conto da minha autoria intitulado "Uma Demanda Literária". Para saberem como a adquirir vejam aqui.

Entretanto, no blogue jakolta já podem encontrar uma crítica a este número.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Uma Aventura no Espaço e no Tempo


Já está a ser filmado o telefilme "An Adventure in Space and Time", criado para festejar os cinquenta anos da série britânica Doctor Who. Trata-se de um drama que contará a história da criação desta série, um dos programas de tv com mais longevidade e que influenciou todo o tipo de artistas, dos Iron Maiden ao Neil Gaiman. Obrigatório para todos os fãs da série, de fantástico e de tv em geral.

domingo, 20 de janeiro de 2013

O Hobbit: Uma Viagem Inesperada (2012)


Sendo eu um grande fã dos três filmes da trilogia "O Senhor dos Anéis" (já os vi incontáveis vezes), para não falar dos livros, fui ver este filme ao cinema assim que pude. No geral, não desilude, mas confesso que não me entusiasmou tanto como os filmes de "O Senhor dos Anéis".

O tom deste filme é bem diferente, mais ligeiro e cómico, do da trilogia original, o que, para mim, tornou o filme menos envolvente e não me permitiu transportar para a Terra Média com tanta facilidade, embora melhore na segunda parte. Mesmo visualmente, existem diferenças notáveis quando comparado com a trilogia, o que arruína a ilusão de continuidade. Dito isto, os efeitos especiais estão brilhantes, provavelmente melhores que os de "O Senhor dos Anéis", e o filme está recheado de momentos memoráveis que se repetiram na minha cabeça durante vários dias depois de o ver.

A história, por seu lado, pareceu-me bem contada e, ao contrário do que eu receava, dado que "O Hobbit" é um livro relativamente pequeno, e sendo este filme apenas a primeira parte, não pareceu "esticada" nem recheada com palha. De facto, pareceu-me que este filme tinha menos cenas de paisagens que os filmes anteriores (não que eu me queixe quer de uma forma quer de outra).

A maior desilusão do filme, para mim, foi a banda sonora. Embora criada por Howard Shore, o mesmo compositor que trabalhou na trilogia "O Senhor dos Anéis", não a achei, nem de perto nem de longe, tão memorável. Porém, isto talvez se deva à estrutura do filme, que não se presta tanto ao uso de "leitmotifs".

No geral, não gostei tanto deste filme como dos três de "O Senhor dos Anéis", e atrevo-me até a dizer que não é um filme tão bom. Por outro lado, é extremamente divertido de ver, e junta-se sem dúvida à lista dos melhores filmes de fantasia de sempre. Um filme obrigatório para todos os fãs de fantástico, mas que, devido ao seu conteúdo mais ligeiro e cómico e às inúmera cenas "over the top" agradará também não fãs.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Antologia "Lisboa no Ano 2000" já disponível nas livrarias


A antologia  "Lisboa no Ano 2000", que inclui o meu conto "Fuga", já se encontra disponível nas livrarias. Os interessados poderão um excerto de cerca de 100 página aqui.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Opiniões sobre Antologia "Lisboa no Ano 2000"


Já se encontram disponíveis na internet algumas opiniões à antologia "Lisboa no Ano 2000", onde se inclui o meu conto "Fuga". Podem encontrá-las nas seguintes ligações.

Livros Por Todo o Lado

O Sofá dos Livros

Intergalacticrobot