sábado, 18 de fevereiro de 2012

Colóquio "Dracula and the Gothic in Literature, Pop Culture and the Arts" na Universidade do Minho


Para celebrar o centésimo aniversário da morte de Bran Stocker, a Universidade do Minho organiza este colóquio, que ocorre nos dias 29 e 30 de Junho. As inscrições ainda não estão abertas, mas já aceitam propostas para apresentações. Mais detalhes aqui.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A Guerra dos Tronos - Época 1 (2011)


Eu sempre gostei das seŕies da HBO, em particular do drama histórico Roma. Por isso, era com grandes expectativas que aguardava esta série. E não foram defraudadas.
A história deste série segue de perto a dos livros, sem grandes desvios por parte dos argumentistas. De facto, algumas cenas são tiradas linha a linha dos livros, incluindo os fabulosos diálogos. Os actores, dos mais experientes aos iniciantes, desempenham os seus papeis de forma competente, quando não fabulosa. Visualmente, também não há nada a apontar, do guarda roupa, aos efeitos especiais (o Eyrie, mais do que a muralha em si, ficou-me gravado na memória). Banda sonora boa. Até a sequência de abertura é fantástica, uma das melhores que me lembro de ver.

Depois, vêm as inevitáveis comparações com os livros. Existem diferenças, obviamente, nem tudo o que se faz num livro se pode fazer numa série de TV. Uma das que mais salta à vista é o facto que quase todas personagens envelheceram. Dada as cenas de violência e cariz sexual, isso não me espanta, especialmente numa série americana. Nunca passariam pelos censores se fossem filmadas como estão escritas nos livros (para quem não leu o livro, a Daenerys, no tempo em que se passa a série, tem apenas treze anos).
Além desta diferença mais óbvia, existem imensos detalhes sobre a história e sobre o mundo que ficam de fora na série. Nenhum deles é essencial, se bem que alguns explicariam melhor o que ocorre no ecrã, apenas nos dão uma melhor imagem das personagens e do mundo, mas não havia maneira de os filmar, pelo menos não sem quebrar completamente o ritmo da série. E, a meu ver, é aqui que surge o problema. Não com a série, que é uma das melhores que já vi, mas sim com o próprio meio, com a televisão. É impossível explorar convenientemente um mundo tão vasto, uma história tão intrincada, umas personagens tão complexas (e numerosas) em dez episódios de 45 minutos. Não me entendam mal, eu adorei a série, não tarda vou adicioná-la à minha colecção de DVDs, mas não passa de uma mera sombra dos livros.

Num tempo em que muita gente prefere o imediatismo do cinema ou da televisão à mais demorada leitura de um livro, esta série dá-nos um excelente argumento com que defender a literatura. "A Guerra dos Tronos" da HBO é uma série magnífica que nos entusiasma e agarra ao ecrã, mas ler os livros de George Martin é uma experiência transcendental que é impossível capturar em qualquer outro meio.

Vejam a série, vale bem a pena, mas não passem ao lado dos livros. Valem todas as horas neles investidos.

Deixo-vos, agora, com o trailer da segunda época desta série, a estrear em breve.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Rios de Prata


Este é o segundo livro escrito por R.A. Salvatore sobre o famoso elfo negro Drizzt Do'Urden (mas quinto na cronologia da personagem). A meu ver, o principal destaque deste livro é a introdução do assassino Artemis Entreri, o arqui-inimigo de Drizzt. Uma das personagens mais bem conseguidas de todo o universo dos "Forgotten Realms", rivaliza hoje em popularidade com o próprio elfo negro. Trata-se de um reflexo sombrio de Drizzt, e a interacção e inevitáveis comparações entre as duas personagens são dois dos pontos que torna toda a saga tão interessante para tanta gente.
Os amigos de Drizzt são, também, aqui mais explorados que anteriormente, em particular a Catti Brie, se bem que Artemis Entreri rouba-lhes uma boa parte do protagonismo.
A história não é particularmente original e, ao contrário de "O Fragmento de Cristal", mostra muitas semelhanças com "O Senhor do Anéis" em particular com "A Irmandade do Anel". Facto que, felizmente, se vê parcialmente compensado pela oportunidade que nos dá de explorar mais profundamente o norte dos "Forgotten Realms".
De resto, encontramos aqui todas as características típicas de Salvatore, como as cenas de batalha detalhadamente descritas e que fará as delicias de quem aprecia estes pormenores (particularmente a luta entre Entreri e Drizzt).

Não será um livro de leitura essencial, nem está no top cinco dos meus livros do Drizzt, mas vale a pena ler nem que seja só para descobrir Artemis Entreri.

"Rios de Prata" foi recentemente publicado em Portugal pela Saída de Emergência. Procurem esta capa nas livrarias.