domingo, 16 de outubro de 2011

Pátria


Este é o primeiro livro da trilogia do Elfo Negro e a minha história favorita do Drizzt Do'Urden, o famoso elfo negro de R.A. Salvatore.

Aqui encontramos as características usuais da escrita de Salvatore, como as suas intrincadas e detalhadas descrições das batalhas, mas existem dois pormenores em particular que, na minha opinião, elevam este livro acima dos restantes que li da saga. Primeiro, as descrições fabulosas da cidade mãe de Drizzt, Menzoberranzan, e a sociedade que nela habita. Tendo sido este o romance que definiu a raça dos elfos negros nos Forgotten Realms, é aqui que mais se nota a verdadeira imaginação do autor, pois, que me lembre ou conheça, em mais nenhum dos seus livros teve que criar algo tão complexo de raiz como isto. Segundo, e de especial interesse para mim, o conflito interno de Drizzt, que se tenta constantemente convencer que a raça a que pertence não é intrinsecamente má, mas apenas um produto da sua história e do ambiente em que vivem. É nestas passagens que se percebe exactamente de onde vem a personalidade do Drizzt que conhecemos nos livros publicados anteriormente (mas posteriores na cronologia da saga).

Se apenas poderem ler uma das histórias de Drizzt Do'Urden, que seja esta. Não se arrependerão, garanto.

Este livro foi publicado em Portugal no ano passado pela Saída de Emergência. Procurem esta capa nas livraria.

sábado, 8 de outubro de 2011

Deadliest Warrior


Um "documentário" de entretenimento (com grande ênfase neste último componente) criado para responder às preces de todos os geeks de história militar. Em cada episódio,  guerreiros de épocas e locais diferentes enfrentam-se para determinar qual será o melhor. Os dados usados na simulação são obtidos a partir de testes executados às armas que ambos usavam (se bem que, na última época, outros factores também são levados em conta). No geral, este programa tem diversos problemas: as escolhas das armas e dos oponentes são muitas vezes discutíveis, os conhecimentos dos especialistas chamados para representar cada guerreiro são dúbios e a validade científica dos testes é, na melhor das hipóteses, reduzida. Felizmente, nem tudo é mal. A contextualização histórica feita pelo narrador é, geralmente, correcta, e o programa também é uma boa forma de conhecer novos guerreiros, culturas e armas. Também nos mostra uma maneira como estas últimas podem ser usadas, bastante interessante para quem apenas leu sobre elas e nunca as viu em acção. Por outro lado, do ponto de vista do entretenimento, há algo de viciante no Deadliest Warrior.

 Infelizmente, que eu saiba, nenhum canal em Portugal está a transmitir este programa e também não existe uma versão em DVD da zona 2. Resta-nos o download ou youtube. Nem todos conseguirão superar as inúmeras falhas históricas e até lógicas do Deadliest Warrior, mas dêem-lhe uma hipóteses. Pode ser que fiquem viciados.