sábado, 27 de julho de 2013

"An Unearthly Child" "Doctor Who" 1963


Já há alguns anos, praticamente desde que comecei a ver a nova série do Doctor Who, que tenho andado para ver a série original. Finalmente, no mês passado, para ajudar a passar a espera até sair a caixa com a sétima época completa da nova série, decidi gastar 10£ na caixa com os quatro primeiros seriados (para quem não sabe, a série original Doctor Who era quase completamente constituída por seriados de vários episódios com 25 minutos cada um) de sempre.  Dou o dinheiro por muito bem empregue (aliás, já encomendei o dvd com quinto seriado).

"An Unearthly Child" é o primeiro seriado, aquele que introduziu alguns dos elementos mais icónicos da série. É verdade que os efeitos especiais estão datados, algo que não me incomodou muito pois estou habituado a ver velhos filmes de fc, e as prestações dos actores (com a possível excepção de William Hartnel, que interpreta o Doutor) chega a ser sofrível, mas ainda assim vale bem a pena ver, e não só pela sua importância histórica. O seriado está razoavelmente bem escrito e a cenografia é genial. Mais importante, provocou-me a mesma sensação de deslumbramento que qualquer episódio da nova série.

Convém, porém, salientar que a série, nesta altura, era bem diferente da nova. Os elementos básicos estão lá, mas o humor é muito menos predominante. O doutor nada tem a ver com as suas últimas três encarnações, quer na idade, quer em temperamento, chegando mesmo a ser cruel (se bem que ouvi dizer que ele "amolece" nos próximos seriados). E não há chave de fendas sónica.

Como o primeiro seriado de sempre de Doctor Who, "An Unearthly Child" é de visionamento obrigatório para os fãs maiss fervorosos da série e para os amantes da história da FC em televisão.

Conto da minha autoria na Nanozine n.º9


Saiu ontem o número 9 da fanzine Nanozine. Este número incluí um conto meu chamado "A Máquina do Tempo". Podem encontrar a versão electrónica desta revista aqui.

domingo, 7 de julho de 2013

Fundação - Isaac Asimov


A série Fundação dispensa apresentações. É uma das mais importantes obras do autor de Isaac Asimov e uma das mais conhecidas de todo o género. Duvido que exista fã de fantástico que não tenha, pelo menos, ouvido falar nela.

Fundação é o primeiro livro que Asimov escreveu nessa série. Trata-se de uma colecção de cinco contos, alguns deles partilhando personagens entre si, que descrevem os eventos mais importantes dos primeiros (aproximadamente) 150 anos da Fundação, uma organização criada com o fim de reduzir o número de anos de barbárie que se seguem à caída do Império Galáctico.

Aqueles que esperam longas descrições de fantásticas naves, tecnologias incríveis ou estranhos mundos alienígenas ficarão desiludidos, assim como quem procura acção ao estilo das Space Operas. Estas histórias são mais políticas, cheias de guerras de interesses e manipulação, e onde a terceira lei de Clarke tem um papel predominante.

Tenho dificuldades em escolher um conto favorito de entre os cinco. Posso dizer que o terceiro e o quinto, talvez por serem os mais longos, envolveram-me mais, mas os restantes estão igualmente bem escritos e as situações que descrevem, juntamente com os brilhantes desfechos, tornam-nos leituras igualmente interessantes.

Convém notar que a tradução me pareceu competente. Está, certamente, acima da média da colecção Argonauta.

Se procurarem nas feiras do livro, conseguem encontrar a Fundação a um preço bastante em conta. Recomendo que o comprem e leiam. Não é só uma das obras de FC mais conhecidas de todos os tempos, é também um leitura extremamente interessante. Mal posso esperar para deitar as minhas mãos ao próximo livro da série: "A Fundação e o Império".