sábado, 13 de outubro de 2012

A Rosa Branca


Este é o terceiro livro da série da companhia negra e o último dos Livros do Norte. Aqui, tramas que se haviam antes tocado cruzam-se por fim, amigos reencontram-se, a história do que se passou para dar origem aos acontecimentos do primeiro livro é explicada e a "vilã" mostra que não é bem aquilo por que se tenta fazer passar.

Neste livro, mantêm-se os elementos característicos da série, sendo o mais notável o estilo narrativo e de escrita que se assemelha mais ao de um romance militar (não consegui deixar, em algumas passagens, de recordar os livros da colecção de Guerra e Espionagem da Europa América) que ao de um romance de fantasia. Mantém-se, também, a natureza cinzenta do mundo em que se passa história.

Penso que este será o livro mais imaginativo dos Livros do Norte, em particular nas passagens que descrevem as Planícies do Medo e as descrições de algumas das batalhas, que, usando apenas elementos da literatura de fantasia, nos conseguem remeter para a Guerra do Vietname. O final também merece destaque devido ao seu impacto emocional, talvez um dos mais fortes que me lembro de ler no género.

No geral, é um livro bem escrito e entusiasmante, onde se percebe perfeitamente porque Glen Cook, apesar da sua relativa obscuridade, é considerado um dos principais percursores da fantasia moderna. Recomendo vivamente a leitura deste livro (e dos restantes da série) a todos os fãs do género.

sábado, 6 de outubro de 2012

"Ascending to Infinity" - Luca Turilli's Rhapsody


Faz agora aproximadamente um ano que os fãs da banda de power metal sinfónico Rhapsody of Fire receberam a (à primeira vista má) notícia da separação da banda.

Este é o primeiro álbum da banda formada por Luca Turilli após a separação,  Luca Turilli's Rapsody, e é com prazer que digo que não desilude os fãs. O lado sinfónico da banda e a clara influência das bandas sonoras cinematográficas não desapareceu, aliás, atrevo-me a dizer que são mais bombásticas e estão mais presentes do que nunca. As letras das músicas ainda estão recheadas de ficção especulativa. Até a voz de Alessandro Conti se aproxima à de Fabio Leone. E o álbum está cheio de músicas memoráveis, da "Dark Fate of Atlantis" à épica "Of Michael the Archangel and Lucifer's Fall".

Há, porém, diferenças em relação à sonoridade dos albums anteriores do Rhapsody of Fire, sendo a mais notável o quase total desaparecimento das influências barrocas, mas acho-o perfeitamente perdoável frente ao reforço do elemento sinfónico.

Espero, agora, com ansiedade a chegada do novo album dos Rhapsody of Fire (agora encabeçados apenas por Alex Staropoli) para confirmar que só não perdemos a banda Rhapsody, mas afinal até ganhamos duas.